sábado, 16 de janeiro de 2021

Reflexão

 "Impacto da Covid 19 (primeiro confinamento) na Velocidade comercial e cumprimento do serviço estabelecido"


Será que o impacto foi positivo? Como pode algo tão nefasto ter algo positivo?

Se há coisa que esta pandemia nos trouxe, para além de todos os efeitos no que concerne à saúde e economia, foi uma oportunidade única para reflectirmos sobre a nossa forma de estar, sobre a forma como vivemos o nosso dia a dia, de que forma isso influência tudo o que está ao nosso redor e principalmente qual o impacto que esses hábitos têm na saúde do planeta Terra, tendo o transporte um papel preponderante no que à saúde diz respeito. 

O transporte (no qual incluo todos os meios de transporte) é um dos principais responsáveis pelos índices de poluição elevadíssimos que tínhamos à data, esta é uma verdade inequívoca, contudo e apesar da constatação da mesma, muito caminho ainda temos a percorrer no que à neutralidade carbónica diz respeito. 

Todas as partes envolvidas têm um papel fundamental na persecução deste grande objectivo, contudo é preciso mais...muito mais.

É preciso que as pessoas assumam definitivamente este objectivo, não apenas da boca para fora, não apenas através da compra de meios de transporte movidos a energias amigas do ambiente, precisamos de ir mais longe.

Num dos vários webinares sobre a temática "Impacto da Covid 19 no Transporte público" que tive o privilégio de assistir ouvi um dos responsáveis pela operação da empresa rodoviária Barraqueiro a dizer que durante o confinamento que os "atrasos normais" não se verificaram e que ainda o nível de cumprimento do serviço estabelecido (horários) esteve muito perto dos 100%.

Em bom rigor, eu também me tinha apercebido deste fenómeno, pois o facto de andar no terreno leva-me a viver "in loco" todas estas situações e ter assim uma visão mais abrangente destas questões. 

E a pergunta que fica no ar:


Porque no dia a dia (pré covid) isso não acontecia? Sim, porque quando planeamos é para que seja cumprido. (Mas este será tema para outra reflexão).


Porque o número de passageiros reduziu drasticamente? Sim, poupou-se algum tempo.

Porque o trânsito reduziu também drasticamente? Sem dúvida alguma o factor que mais ajudou.

Percentualmente falando seria 30% (menos passageiros) vs 70% (menos trânsito), o que nos deveria levar a fazer a seguinte pergunta:

Como fazer?


Pode parecer simples a resposta, mas através desta minha leitura, tenho visto que é mais complexa do que podemos imaginar.

Não serve porém esta complexidade para a desresponsabilização de quem planeia e decide o ordenamento do nosso território, a procura de soluções tem de partir efetivamente  de quem pode decidir e alterar de forma física o rumo dos acontecimentos.

Fica no entanto demonstrado pelos dados apresentados e pelos resultados alcançados que é possível e a velocidade comercial aumentar. Como? 


Será alvo de reflexão futura também. 


A título de curiosidade, sabem quantos quilómetros de faixa BUS, existem em toda a península de Setúbal?

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